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Iranduba
Iranduba é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. Situado à margem esquerda do Rio Solimões, está conectado à capital amazonense através da Ponte Jornalista Phelippe Daou. Segundo estimativas do IBGE de 2021, o município possuía habitantes. Iranduba é considerado o maior produtor de hortifrutigranjeiros e produz 75% dos tijolos e telhas consumidos no estado.

Confluência dos rios Negro e Solimões, local onde se desencadearam os eventos que marcaram a construção histórica de Iranduba. Até o momento, a História escrita sobre Iranduba referiu-se a dois períodos específicos, no contexto da longa cronologia do passado amazônico. O primeiro deles é a chamada Pré-História, quando houve a ocupação da região e o desenvolvimento de sociedades na confluência dos rios Negro e Solimões. Já o segundo período diz respeito ao século XX, quando remete as origens da cidade ao final do Primeiro Ciclo da Borracha na Amazônia e a relação do mesmo com a ocupação da região pelos antigos seringueiros.

Antes de tratarmos especificamente do século XX, vale a pena destacar que há um hiato entre a Pré-História e o século XX, o que corresponde às épocas entre os séculos pré-colombianos e o Oitocentos, incluindo-se o Período Colonial e o Período Imperial, nos quais houveram importantes acontecimentos da História Amazônia, tanto em nível global quanto regional e local. Trata-se, portanto, de um período de mais de 500 anos de silenciamento, sem que nada tenha sido dito e/ou escrito sobre a “Costa de Iranduba”. Dado o atual “estado da arte” sobre o tema, nos limitaremos à Pré-História e ao século XX.

A Pré-História

Para entender os processos de ocupação da região da “Costa de Iranduba”, recorremos às descobertas arqueológicas empreendidas, desde meados do século XX, mas que tiveram avanços importantes especialmente a partir do Projeto Amazônia Central, que desenvolveu pesquisas na década de 1990 e nos anos 2000. A partir das escavações, foi possível identificar ao menos quatro fases de ocupação, correspondentes a períodos diferentes, caracterizados tanto pelas formas de organização social e política quanto pelas relações estabelecidas com a natureza e pelo desenvolvimento técnico, especialmente na produção ceramista.

A primeira fase de ocupação é chamada Açutuba e corresponde ao período entre os anos 300 a.C e 360 d.C, totalizando quase 700 anos. Esse período foi caraterizado pelo cultivo de plantas já domesticadas em outras regiões e pela produção da terra preta de índio, importante para a prática agrícola. A segunda fase de ocupação é a Manacapuru, ocorrida entre os anos 600 e 1000 d.C, caracteriza-se pela presença de aldeias circulares e pelo uso de tecnologias cerâmicas sofisticadas, nas quais se destacam representações de canoas e outros elementos. Em seguida, houve a fase Paredão, ocorrida entre os séculos VII e XII, num momento em que houve um rápido crescimento populacional, além de importantes mudanças tecnológicas na produção das cerâmicas. Também observou-se o aumento de áreas de “terra preta de índio” e há indícios de contatos com povos de outras regiões. Em quarto lugar, destaca-se a chamada fase Guarita, cuja datação compreende um período entre os anos 1150 e 1200 da Era Cristã e tem como características principais a centralização política dos grandes e multiétnicos cacicados, dos quais se destacam indícios de importantes conflitos geopolíticos, especialmente pelos vestígios das paliçadas e de valas defensivas.

Essas descobertas arqueológicas são importantes porque estão na base das intepretações sobre o passado amazônico e principalmente sobre a Costa de Iranduba. Por sua localização privilegiada na confluência de dois grandes rios, essa área foi capaz de fornecer os recursos aquáticos necessários para o desenvolvimento de um grande aglomerado humano, cujos vestígios têm sustentado a hipótese de que havia, de fato, uma importante cidade indígena na margem direita do rio Solimões, avistada pela expedição de Francisco de Orellana e registrada por Gaspar de Carvajal, em 1542.

Em linhas gerais, é possível afirmar com alguma segurança que a região da confluência do rio Negro e o Solimões foi sucessivamente ocupada por grupos humanos ao longo de mais de 1.800 anos, muito antes da passagem dos colonizadores espanhóis, no século XVI, tendo desenvolvido modos de vida semelhantes àqueles de outras importantes sociedades complexas amazônicas, cujas características principais são a organização social e geopolítica, a prática agrícola e o extrativismo (caça, pesca e coleta) e o desenvolvimento tecnológico. Essas sociedades complexas seriam paulatinamente esfaceladas pelo processo de colonização na Amazônia, iniciado no século XVI e responsável por um legado de violências e usurpações dos colonizadores para com os Povos Originários.

O “longo” Século XX

A região amazônica assistiu a três importantes acontecimentos ao longo do século XX, que iriam impactar sobremaneira não apenas a cidade de Manaus, mas também a região no seu entorno. O primeiro desses acontecimentos seria a crise da borracha, ocorrida nas primeiras décadas desse século, em função da entrada da borracha asiática nos mercados da Europa e dos Estados Unidos. Depois, durante a Segunda Guerra Mundial, houve a reativação da exploração desse produto por um curto período, o que fez surgir novamente o sistema de exploração do trabalho na figura do soldado da borracha e levou ao aumento da produção amazônica, enquanto os seringais asiáticos estiveram desabilitados pela guerra. Por último, houve a criação da Zona Franca de Manaus, na década de 1970, colocando Manaus e as áreas do seu entorno novamente nos circuitos econômicos e geopolíticos do país. Esses acontecimentos contribuíram direta e indiretamente para a (re)construção histórica da região outrora chamada “Costa de Iranduba”, originando o então município de Iranduba – AM. 
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